Nunca fui uma militante de qualquer partido ou ideal. Nunca quis manipular as pessoas e oprimi-las para que se calassem diante de minha opinião. O único protesto que fiz foi aos meus quatorze anos junto com algumas colegas porque não gostamos da atitude preconceituosa da diretora com um aluno. Nunca pensei que veria injustiça e parcialidade na faculdade. Tudo o que meus pais me ensinaram, que meus professores me instruíram e que a tv repetidamente passa como 'moralmente aceitável' é uma farsa. Eu luto por um ideal que não existe: a justiça.
A verdade é que ando um tanto ultrapassada. Na faculdade o que prevalece é o 'vire-se'. Vire-se para o trabalho, para a prova, para a nota. Vire-se com o professor. Puxe seu saco, faça suas vontades. Defenda-o quando for parcial, lute com ele. Esqueça a igualdade, você é inferior. Abaixe a cabeça e aceite a perseguição, as ironias, o favorecimento, tudo aquilo que você esperava que não existisse nessa nobre instituição de ensino.
Pessoas instruídas são as que cada vez mais têm me surpreendido com a sua ignorância. São letrados, têm lá seus títulos, só não são sociáveis.
Psicólogos então, esses sim são o cúmulo da megalomania. Não sei o que diabo Freud faz na cabeça desses pseudodeuses durante a vida acadêmica. Espero não me tornar um desses profissionais frustrados que se vingam nos pupilos e passam o pior exemplo da humanidade durante os anos do terceiro grau.
E não quero ser egoísta ao ponto de desfavorecer aqueles que abraço todos os dias.
Não quero viver de desculpas esfarrapadas, de falsas aparências, seja sincero, assuma suas opiniões, pois é o mínimo que pode fazer (indireta).